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13. OS VAREJISTAS E SUAS FUNÇÕES
Os varejistas são os intermediários que realizam as vendas de seus produtos diretamente para os consumidores finais. O local de realização das vendas dependerá do tipo de produto que está sendo comercializado. Essas vendas podem acontecer em lojas, como é a venda de roupas, sapatos, brinquedos, mas também podem ser realizadas através de catálogos ou ainda de máquinas de vender.
Os varejistas que se utilizam de lojas fisicamente existentes para comercializar seus produtos são classificados de ”Varejistas lojista”. Já os varejistas que não se utilizam das lojas para vender seus produtos são chamados de ”não-lojistas”.
O varejista é sem dúvida muito importante para os consumidores, pois eles prestam serviços como venda, financiamento, embalagem, transporte, dentre outros.
Dependendo das atividades que desempenham o varejista pode ser classificado em:
· Varejista Independente – é o tipo de varejista que pode possuir apenas um pequeno estabelecimento, porém, representa uma maioria em relação aos negócios de vendas no varejo;
· Varejista em cadeia – é o varejista que possui mais de um estabelecimento do seu negócio. Podemos citar como exemplo as “Casas Bahia”, cujas compras são centralizadas em uma de suas unidades, escolhida para ser o escritório central que também é responsável por distribuir os produtos adquiridos por suas filiais. O controle de vendas desses produtos também é exercido pelas pessoas que trabalham no escritório central.
· As lojas de departamentos – representam os varejistas que, pelo sortimento de mercadorias que comercializa, dividem seus estabelecimentos em setores ou departamentos de acordo com a categoria ou natureza dos produtos. Algumas lojas de departamentos possuem vários andares, sendo um para vestuário, outro para alimentação, outro para eletrônicos, etc. As lojas de departamentos surgiram na Europa e possuem como característica a preocupação em atender bem aos seus clientes.
· Lojas de descontos – surgiram logo após a segunda guerra mundial, motivadas pela grande demanda existente. Os produtos eram transportados para serem comercializados em grandes galpões. Esses produtos eram dispostos aos clientes sem nenhum tipo de organização. Seus preços eram bem abaixo dos que estavam sendo praticados pelo mercado, já alguns gastos como aluguel do local de venda e salários de vendedores não existiam.
· Supermercados – originários dos Estados Unidos, sua chegada ao Brasil aconteceu em meados dos anos 50. Os supermercados inauguraram o autoserviço, reduzindo com isso o número de empregados dos estabelecimentos e conseqüentemente reduziu os gastos dos varejistas. Na época, os supermercados limitavam-se a vender apenas alimentos, hoje essa realidade é bem diferente e os supermercados oferecem uma grande variedade de produtos, separados em departamentos conforme o tipo de produto.
· Shopping Centers - Responsável pela maior revolução na história do varejo mundial, os shopping centers aproveitaram o grande volume de circulação de carros que estava gerando engarrafamentos intermináveis, fazendo com que os consumidores evitassem ir até os bairros comerciais, comprometendo as vendas. Os supermercados caracterizam-se por serem uma reunião de estabelecimentos comerciais gerenciadas por uma mesma administração, que é responsável por toda a parte de planejamento de marketing do local, limpeza, iluminação e segurança. Para isso, as lojas mensalmente, pagam uma taxa denominada de condomínio.
Para garantir o fluxo de visitação é comum que nos shopping centers exista uma loja chamada de “âncora”, como um grande supermercado, com a finalidade de gerar tráfego no local. Na cidade Fortaleza, temos o “Extra Supermercados” funciona como loja âncora dentro do shopping Iguatemi. É indiscutível a preferência dos consumidores por realizarem suas compras em shopping centers e os motivos principais são: segurança, estacionamento e a comodidade de encontrar várias lojas, inclusive bancos e restaurantes, num mesmo espaço físico. O Número de linhas de ônibus cujo itinerário contempla os shoppings também facilita o acesso daqueles que dependem de transporte coletivo para se locomover. Os shoppings centers vêm ampliando sua oferta de serviços na tentativa de ampliar ainda seu número de clientes. Fraldário, empréstimo de carrinhos de bebê, empréstimo de cadeiras de rodas são alguns exemplos desses novos serviços.
· Os varejistas de porta-em-porta – constituem uma das mais antigas modalidades do varejo não lojista e também uma das mais utilizadas no Brasil. Seu sucesso depende em grande parte do esforço feito pelo vendedor para promover o produto junto ao cliente. Alguns fabricantes apostam nesse tipo de varejo por acreditarem que determinados produtos ou serviços não comprados e sim vendidos, ou seja, o consumidor não costuma procurá-los para comprar, porém, a partir do momento em que os mesmos lhes são oferecidos, sua compra é quase certa. Enciclopédias, planos funerários e consórcios são exemplos de produtos vendidos dessa forma.
· O Cybermarketing – representa a mais moderna forma de varejo. Os primeiros ensaios de negócios eletrônicos deram-se, com a troca de informações. A evolução foi tão grande que hoje podemos comprar eletrodomésticos, reservar hotel, fazer check in on-line ou até mesmo selecionar as compras do supermercado, tudo isso sem sair de casa. Este tipo de negócio realizado através de um ambiente virtual é chamado de Cybermarketing.
O Cybermarketing surgiu na metade da década de 90, e uma de suas características era de ser um elemento de facilitação para o marketing. Ele personaliza o atendimento das necessidades dos consumidores de forma massificada, ou seja, enquanto o marketing busca atender individualmente, a cada um de seus clientes, o cybermarketing busca atingir o maior número de pessoas possíveis, porém com o mesmo grau de excelência. Ele permite uma interatividade muito maior com os consumidores e os deixa ligados diretamente aos fornecedores dos produtos ou serviços que estão sendo comercializados. A relação comercial é entre fornecedor e consumidor. Surge então uma nova forma de distribuir os produtos que não enquadra-se nos tipos de Canais de Distribuição que conhecemos anteriormente. É uma distribuição que se pode chamar de “Direta” e que possui como intermediário uma figura virtual, que muitas vezes não tem endereço fixo, mas pode realizar até mais negócios do que as tradicionais formas de venda.
Os varejistas quanto classificação
A seguir conheceremos a classificação dos varejistas, segundo Alexandre Las Casas.
· Classificação segundo o esforço de escolha
Lojas de conveniência
Lojas de compras por escolha
Lojas especializadas
· Classificação segundo a situação de propriedade
Lojas independentes
Lojas em cadeia
Associação de independentes (cadeias cooperativas, cadeias voluntárias e licenças)
· Classificação segundo a linha de produto
Mercadorias em geral
Linhas limitadas
Lojas especializadas
· Classificação segundo as funções exercidas
Lojistas: Lojas de departamentos
Supermercados
Shopping centers
Não lojistas: Reembolso postal
Porta em porta
Venda por telefone
Máquinas de vender